Escolas da rede municipal de Lauro de Freitas, que possuem estudantes com deficiência no ensino fundamental I, ganharam mais um reforço para o processo de aprendizagem inclusiva. Nesta segunda-feira (05), a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) iniciou a entrega de kits de literatura acessível para 37 unidades escolares. Outros seis exemplares, desta vez na versão decodificada em braille, serão destinados para escolas com salas de recursos multifuncionais.
Com a finalidade de sensibilizar e possibilitar uma aprendizagem sobre inclusão e acessibilidade, o kit é composto por quatro livros que contam histórias de personagens com deficiência. Os títulos são: “O Melhor Amigo da Bengala”; “A Princesa Que Tinha Um Cromossomo A Mais”; “O Menino Que Escrevia com os Pés”; e “A Menina Que Perdeu a Perna”.
De acordo com Miliane Vieira, diretora do Departamento de Inclusão pela Pessoa com Deficiência da Semed, os livros promovem a inclusão de duas formas. “Os kits têm duas vertentes. Uma da acessibilidade real para crianças com baixa visão ou cegueira, com a versão das histórias em braille que será destinada para escolas de cinco territórios educacionais. E a outra da inclusão reversa, que são os livros comuns que contam as mesmas histórias de pessoas com deficiência, e a partir disso sensibiliza o olhar de empatia entre os estudantes. As histórias dos livros contam para além de deficiências, elas mostram as potencialidades dos personagens”, explicou.
As escolas municipais que serão contempladas com a versão em braille dos quatro livros são: Capiarara (Areia Branca); José Santos Paranhos (Centro); Dr. Paulo Malaquias de Mello (Portão); Jardim Ipitanga (Vida Nova); CAIC e Santa Júlia (Itinga). Os 37 kits que fazem parte da Coletânea Literatura Acessível e os seis exemplares no formato braille chegaram à Secretaria de Educação por meio de uma parceria com a CCR Metrô.
A Escola Municipal José Santos Paranhos, no Centro, foi a primeira a receber os kits. Paula Josane, professora da sala de recursos multifuncionais da unidade, destaca que a pessoa com deficiência tem uma forma diferente de aprender, e que é importante que a turma a qual esse estudante faz parte compreenda como ele aprende. “Aqui já fazemos um trabalho de sensibilização em sala de aula onde tem alunos de inclusão. Agora esse projeto vai ser estendido para toda a escola, com o apoio dos livros paradidático”, relatou.